Afinal, o que é fantástico? – Parte 02

Afinal, o que é fantástico? – Parte 02

Agora sim! 😀 Publicando com um perfil de autor oficial no site \o/
Então, continuando o assunto…

Ainda no fio de pensamento do post anterior, vamos continuar no assunto sobre a fantasia/substância da história falando sobre uma das coisas essências: o mundo criado.

Já falamos sobre o mundo ficcional não ser algo completamente fora do real, já que eles sempre apresentam alguma característica do que nos é comum. Da mesma forma que uma ‘história baseada em fatos reais’ tem um pouco de ficção, a fantasia sempre tem um pouco de realidade. Por mais mágico que o mundo (e quem vive neles) seja, ainda existe o ar para eles respirarem, e o ato de respirar já nos faz pensar que os que lá habitam não são tão diferentes como nós (mesmo que seus narizes sejam nos joelhos xD). Se não houvesse ar, seria um fator importante e caberia ao autor a tarefa de desenvolver essa ideia para ficar claro para o leitor durante a leitura, e não dar espaço para questionamentos. A pior coisa que existe é você ler um livro com dúvidas sobre os contextos apresentados. A leitura não é fluída, é como dirigir por uma rua repleta de buracos, ou andar aos tropeços: no mínimo, desconfortável.

Então, mesmo que não seja evidente para o leitor no produto final, uma das primeiras coisas que escritores de fantasia devem fazer é pensar nos pormenores do mundo que está criando. Até que ponto ele será parecido com o nosso? Até que ponto será diferente? Se é tão diferente, que recursos usaremos para transmitir isso ao leitor sem que a história se torne cansativamente descritiva ou densamente explicativa?

Olhando por esse prisma, parece muito mais difícil do que parecia ser?

Ora, não desista, para quem realmente gosta do que está fazendo, não é impossível xD

Porque você não precisa criar o mundo tooooooodo antes de realmente começar a sua história. Você vai moldando, vai adaptando, descobrindo as necessidades e construíndo. Mas, fica um alerta: pense bem no seu mundo no livro 1! Porque, se houver um livro 2 depois,  você não poderá simplesmente passar um corretivo nas coisas que já disse anteriormente. Terá que encontrar soluções criativas para fundir o que já foi escrito com o que você pensou de novidade, mas nunca destruir o que já está com o leitor e fazer de volta. O mesmo vale se você tiver a oportunidade (como os Autores Lumus estão tendo), de renovar os elementos das suas histórias: nada de mudanças drásticas, só uma nova pintura para ficar melhor, aproveitando os conhecimentos e a experiência adquiridas, depois de anos de nossas primeiras publicações.

Mas… Não sabe por onde começar o seu mundo fantástico?
Bom, olhe em volta.
Como está o tempo hoje onde você está? Então, como está o clima no mundo onde o seu personagem vive? Esse tipo de clima permite que tipo de vegetação? Qual a interação dos personagens que vivem no mundo com clima e natureza? Se é um lugar com neve e você nunca viu neve na vida, pesquise. Sua personagem não vai poder correr de sandálias de salto na neve (não é, sra. Paula Vendramini? xD).

Compor o seu mundo é uma das coisas mais divertidas que um escritor de fantasia faz! É um jogo, você é o mestre! Se você não se diverte com isso, pare e repense a sua vida (porque acho que insistir em ser escritor não vai dar certo xD).

Que tal um vídeo que consegue resumir em alguns minutos todo e qualquer blablabla que eu coloque aqui? Ei, ia, vamos lá o/

Coisas que eu acho que merecem destaque:

Na vida real, a lei da gravidade segura os sete livros de “Harry Potter” em milhões de estantes ao redor do mundo.
Sabemos que isso é verdade, mas também sabemos que, desde que J. K. Rowling digitou as palavras bruxo, varinha, e Wingardium Leviosa, a Lei da Gravidade deixou de existir nos trilhões de páginas descansando entre essas prateleiras. 

Autores de ficção científica e fantasia literalmente constroem mundos.
Eles criam regras, mapas, linhagens, idiomas, culturas, universos, universos alternativos dentro de universos, e, desses mundos, surge história, após história, após história. Quando bem construídos, os leitores podem entender esses mundos ficcionais e suas regras tão bem quanto os personagens que vivem neles e, às vezes, tão bem ou ainda
melhor do que o leitor entende o mundo fora do livro.

Kate Messner

Tarefinha hoje também? Ok!

Pegue aquele livro/filme/jogo de ficção e analise no mundo criado quais semelhanças e diferenças existem com o nosso. Talvez não seja fácil perceber o caminho que o autor usou para construir esse mundo, mas o exercício de tentar descobrir vai gerar ideias aproveitáveis para suas próprias histórias 😀

Até o próximo post o/

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